quarta-feira, 2 de junho de 2010

Riachão do Bacamarte: resgate de suas origens

A chegada dos holandeses no litoral paraibano deu-se por volta de 1670 com a missão de catequizar os nativos, ensinando o cristianismo aos índios cariris. Mais tarde, avançaram pelo Rio Ingá e Riachão do Bacamarte passou a fazer parte desta rota rumo ao Planalto das Borboremas, local onde se formou um segundo aldeamento de índios cariris que recebeu o nome de Campina Grande, fato que se deu por volta de 1697.
Os anos se passaram e, em 1938, sob o decreto de Lei nº. 1010 de 30 de março do mesmo ano, Riachão é elevado à categoria de Distrito da cidade de Ingá.
Riachão do Bacamarte é uma cidade tranqüila com forte vocação cultural com as labirinteiras do Distrito de Serra Rajada; na literatura, destacam-se as obras de José Carlos de Sindolfo Silva, conhecido como Carlinho de Sindolfo; Na música, os destaques voltam-se para os sanfoneiros Luiz Gonzaga Oliveira (Touro) e seu filho Erinaldo Oliveira (Neguinho de Touro), Biu Carneiro e sua família de músicos (Josmar, Geovane, Joanderson e Guilherme, neto de Biu Carneiro), o baterista Sérgio Melo (Sérgio de Toinha), Edmilson Antônio do Carmo (Mia de Biu Franca) também sanfoneiro; dentre tantos outros talentos demonstrados através da extinta banda Marcial Idalice Cabral de Vasconcelos e pela atual Banda Marcial Ricardo Melo.
Na dança, destaque para o Grupo de Paquitas dos anos 90 e a quadrilha Arrasta-pé que teve grande destaque na região; no esporte, temos o Riachuelo Futebol Clube e o Juventus Esporte Clube que se destacam por seus títulos em campeonatos de base na região.
No cenário político estadual, destaque para Adauto Cabral que, por sua amizade com o então governador do estado, na época Tarcísio de Miranda Burity, trouxe para Riachão a ponte da Rua Francisco Cabral e a escola estadual que, posteriormente, recebeu o nome de Escola Estadual Adauto Cabral de Vasconcelos.
Aproximadamente, em 1990 desponta no cenário municipal uma grande rivalidade entre as famílias Cabral, representada por João Cabral Sobrinho e Amaral, representada por Manoel Amaral de Vasconcelos (Neco Amaral) que faleceu em um acidente de carro.
João Cabral é eleito como vereador pela quarta vez pela cidade de Ingá e retoma sua luta pela emancipação de Riachão do Bacamarte conquistada através de plebiscito em 29 de abril de 1994. Logo após, ele se torna o primeiro prefeito eleito de Riachão do Bacamarte, tendo como vice Carlos Cristóvão. João Cabral faleceu no seu segundo mandato em 25 de agosto de 2004. Com sua morte, assume o vice-prefeito Erivaldo Guedes do Amaral (Gordo Amaral), filho de Neco Amaral, antigo rival político de João Cabral.
Com a emancipação, muita coisa mudou. O comércio ficou mais forte, visto que só a BR-230 é que movimentava a cidade. As festas tomaram outras proporções com destaque para a Festa do Padroeiro, o Forriacho e, atualmente, o Riachão Fest.
Riachão ainda é uma cidade jovem, completando em 29 de abril de 2010 seus 14 anos de fundação, tendo como atual prefeito Gil Tito, funcionário aposentado da Chesf, filho desta terra e sua vice-prefeita Zulânia Cabral Vitamatos, filha de João Cabral sobrinho que estão desempenhando uma excelente administração.

Matéria produzida pelos alunos do 6º ano (José Tito) e 7º ano (Deolinda) monitorado pela professora Kátia (Artes).

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